terça-feira, 5 de abril de 2011

Legislação Minerária


Comentando a pergunta do João Paulo:

Algo interessante  observado pelo João Paulo sobre os minerais: por pertencerem à categoria dos bens exauríveis, isto é, não renováveis na escala humana de tempo, sobre eles devem recair as maiores precauções, pois essas substâncias fortalecem a segurança e fomentam o progresso do Estado. Assim, a  posse e o controle dos recursos minerais são a base da soberania nacional. Então, políticas específicas para o setor mineral precisam apontar os objetivos  para o aproveitamento e conservação desses bens insubstituíveis. Há dois objetivos maiores a serem perseguidos:

- a produção doméstica de todos os bens necessários ao atendimento da demanda interna atual, e

- a conservação de reservas “in situ”, suficientes para atender as necessidades futuras.

E ainda, para a discussão da montagem de uma política mineral, é necessário lembrar que, no início do processo de busca de soluções aceitáveis para alcançar os objetivos colimados, haverá necessidade de separar os minerais em três grupos: abundantes, críticos e estratégicos.

Minerais abundantes.

Abundantes serão considerados tanto os minerais com grandes reservas geológicas distribuídas no território pátrio, quanto aqueles nele encontrados em escala mais modesta, todavia de fácil aquisição.

Minerais críticos.

A classificação de um mineral como material crítico exige maior manipulação de conhecimentos, por admitir cenários diversos. Em princípio, será crítico todo o mineral cuja produção doméstica for insuficiente para atender o consumo do país. Todavia, também serão considerados críticos todos os minerais ainda insubstituíveis, cujas reservas próprias satisfazem às necessidades atuais, mas delineiam-se insuficientes para atender à demanda prospectiva de um Brasil plenamente desenvolvido. Igualmente críticas serão as substâncias escassas no planeta.

Certos minérios são facilmente identificados como críticos, segundo critérios brasileiros, tais como a bauxita de grau refratário, a cromita, a piroluzita (minério de manganês), a molibdenita, a niobita (minério de nióbio), a wolframita e a schelita (minérios de tungstênio).

Interessante mencionar o caso do nióbio, metal de liga, cujas reservas mundiais estão praticamente localizadas no Brasil. Então, além de abundante no subsolo do país, o nióbio deverá ser classificado como crítico pela sua extrema concentração em um único país.

Minerais estratégicos.

Os minerais serão classificados como estratégicos quando forem vitais para a aplicação oportuna do Poder Nacional.

De pronto, deverão ser incluídos no rol de minerais estratégicos os radioativos, os hidrocarbonetos e todos aqueles requisitados pelas tecnologias de ponta, como o Berílio, o Nióbio, o Tântalo, as Terras Raras, o Titânio e o Zircônio, os seis últimos também conhecidos como “metais novos” pela sua aplicação recente.


Postulados que definem a Política Mineral.

Em seqüência à classificação, há que se considerar três postulados para definição da Política Mineral:

- os interesses empresariais, na exploração e transformação dos minérios, nem sempre coincidem com os interesses nacionais, mormente quando dependem de decisões externas;

- os bens do subsolo, por serem esgotáveis, só deverão ser explorados com rendimento máximo para a economia do país;

- o emprego dos recursos minerais, em diversos casos, exige o controle da sua destinação.

 Definição do perfil da Política Mineral.

- o Estado, sem tolher demasiadamente a liberdade de iniciativa, tem a obrigação de instituir mecanismos de controle e orientação para o setor mineral, e

- o poder de decisão, nas empresas minero-industriais, precisa ser mantido em mãos de nacionais.

Como a Constituição estabelece como princípios gerais da atividade econômica a soberania nacional, a iniciativa privada, a função social da propriedade, a livre concorrência e a defesa do consumidor, de um modo geral a interferência do Governo nas atividades de mineração deve se limitar a seis posicionamentos marcantes, que definirão o perfil da Política Mineral. São eles:

- conduzir as atividades pioneiras de pesquisa básica, a fim de revelar os ambientes geológicos mais promissores e reduzir os riscos empresariais que envolvem a busca dos minérios;

- incentivar a exploração geológica e a lavra das substâncias que faltam ao país, de modo a perseguir a auto-suficiência;

- controlar as reservas das substâncias minerais, fixando ritmos e escalas para a exploração de jazidas, de modo a garantir o equilíbrio entre a produção e a conservação;

- incentivar o beneficiamento doméstico dos minérios e desestimular a transmigração dos mesmos “in natura”, para que o país tire o melhor proveito dessa riqueza exaurível;

- contingenciar (impor o governo, limite ou quota) os preços no mercado interno, para diferenciá-los, quando necessário à defesa do consumidor brasileiro, das cotações fixadas alhures(noutro lugar);

- orientar o acesso aos mercados mundiais, visando a máxima contribuição da comercialização externa à economia nacional, livre dos contingenciamentos negativos impostos pelos cartéis(monopólio);

- manter estoques estratégicos de substâncias vitais para a operação contínua do parque industrial do país, e

- impor o cumprimento da legislação minerária.

Legislação Mineral

Baseia-se em dois princípios básicos: (1) Propriedade dos Recursos Minerais e (2) o princípio da precedência ou prioridade.
O subsolo e o solo são bens distintos. Tanto o subsolo como os recursos minerais pertencem à União que pode autorizar, conceder, licenciar ou permitir seu aproveitamento ao interessado que requerer primeiro (princípio da Precedência ou Prioridade).

Órgão fiscalizador das atividades minerárias:
O DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral) é uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia, encarregado de gerir e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o território nacional, zelando para que o aproveitamento dos recursos minerais seja realizado de forma racional, controlada e sustentável, resultando em benefício para toda a sociedade.

Legislação Federal a respeito das atividades minerárias:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 05/10/1988
Artigos: 20, 21, 22, 23, 24, 26, 48, 49, 91, 153, 155, 170, 171, 174, 176.


         Sendo assim João Paulo, percebemos que as rotinas adotadas nesse campo das normas minerárias,  prejudicam a projeção do Brasil como grande potência, pois persiste  a omissão das autoridades governamentais, que nem sequer cuidaram de traçar os rumos de uma política setorial para as substâncias não-renováveis, e o país continua incapaz de ganhar velocidade para sustentar a corrida que poderá recompensá-lo econômica e socialmente.  Como resultado da inexistência de um comando firme e inteligente no setor mineral, o país ainda importa semi-manufaturados produzidos na África do Sul, na Rússia, na Áustria, Suécia e Reino Unido, sempre com matéria prima comprada no Brasil! Só pra se ter uma idéia!!!

4 comentários:

  1. É verdade que a massa da Terra está aumentando?Sim, mas o aumento de massa do planeta não representa uma mudança tão impactante. Ao longo de toda a idade da Terra (algo como 4,5 bilhões de anos) estima- se que ela ganhou um “pneuzinho” em seu diâmetro de apenas 66 cm. Essa “gordura” que aumentou a espessura do plane ta é, em sua maioria, composta de poeira cósmica trazida por meteoritos e demais corpos espaciais que chegaram ao solo terrestre. Comparada com a massa da Terra – quase 6 sextilhões de toneladas –, a massa adicional representada por essa poeira parece bobagem, mas objetivamente o número impressiona: até hoje a Terra “engordou” 675 trilhões de toneladas, o que daria uma média de cerca de 150 milhões de toneladas por ano. Além do peso adicional vindo do espaço, você deve estar se perguntando se o aumento populacional, os carros, as árvores, os prédios e os animais não aumentam a massa do planeta. A resposta é não! A razão para isso é simples: tudo que “nasce” na Terra (desde os seres vivos até qualquer objeto) vem do próprio planeta. “As pessoas crescem e ganham massa graças à proteína total que existe no sistema, que é reciclada pelos organismos decompositores e produtores. Portanto, não há acréscimo de massa nesse caso”, diz o geofísico Eder Molina, da USP. E a prova maior de que realmente a massa da Terra não sofreu alteração em todos esses anos são pa râmet ros físicos, como a posição e a distância da Lua em relação ao planeta, que sempre foi a mesma

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  2. Em que lugar da Terra pode acontecer um novo megatsunami?O noroeste dos Estados Unidos e o sul do Canadá são as áreas do planeta que correm maior risco. Tudo porque essa região pode ser sacudida por um grande terremoto capaz de gerar um megatsunami. Historicamente, a cada intervalo entre 200 e 400 anos, uma onda assassina quebra por lá. Como a última catástrofe já rolou há mais de 300 anos, os cientistas acreditam que falta pouco tempo para acontecer novamente. Mas mesmo que surja esse tsunami, o número de vítimas deverá ser menor que o provocado pela onda gigante do oceano Índico que varreu a Ásia no final de 2004. É que o oceano Pacífico, onde pode surgir a nova ameaça, tem um sistema de alerta bem eficiente. Assim, quando o tsunami for gerado, um sistema de bóias em alto-mar poderá detectar a onda e avisar as autoridades. O grande problema dessa região-alvo é que ela está muito perto do epicentro do terremoto que pode gerar o tsunami (a 80 quilômetros). Por isso, o tempo de reação será muito pequeno: a onda atingiria a costa em questão de minutos.

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  3. Por que o mar Morto tem esse nome?
    Porque o excesso de sal nas suas águas torna a vida praticamente impossível por ali. Com exceção da bactéria Haloarcula marismortui, que consegue filtrar os sais e sobreviver nesse cemitério marítimo, todos os organismos que chegam ao mar Morto morrem rapidamente. Outra característica curiosa é que ninguém consegue afundar nas suas águas, graças novamente à alta concentração salina, que o torna muito mais denso do que o corpo humano. Os oceanos têm uma média de 35 gramas de sal por litro de água, enquanto o mar Morto tem quase 300 gramas. Isso se deve basicamente a sua localização - na divisa entre Israel e Jordânia. A região é quente e seca, o que acelera a evaporação e impede a reposição da água pela chuva - em um ano chove tanto quanto um dia chuvoso em São Paulo. Além disso, o mar Morto é o local mais baixo do planeta: alguns pontos ficam a mais de 400 metros abaixo do nível dos oceanos. Isso significa que grande parte das partículas que se soltam dos terrenos a sua volta escoam em sua direção.

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  4. Mandinha,vlw pelas notícias curiosas. Estar atualizada é bom e necessário e vc tratou de temas atuais: aumento da massa da Terra (profª de Física vai gostar), catástrofes naturais e o significado do nome "Mar Morto".
    Brigadim!!!

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